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Mostrando postagens de 2010

SEDENTA

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Lábios úmidos, sedentos, Quais careço de tomar. E deslizar no teu desejo, Em fantasia , Em agonia no cosmos estelar. Viagem com ida para não mais voltar. Em ti me impregnar. No risco, No mistério, No perigo que é respirar junto o mesmo ar.

SUBTERRÂNEO

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                                      Vou andando com o pé no magma, Vou andando de olhos fechados E sentidos [instintos abertos] Porta com uma volta só de chave, Tentando se proteger, Porém, com o desejo de liberdade, com o desejo de crer. Mão na fechadura Na expectativa do correr... Para águas tranquilas. Para o bucólico que há em você. Mas, estou na terra dura, Sol quente qual escalda o meu ser. Volto a realidade ... Mão na fechadura na espectativa de correr.

ATMOSFERA

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Atmosfera trasparente Nós sabemos... Tudo aqui é cândido. Não percamos tempo com conversas que não nos leve a algum lugar. Vamos tão logo ao enfim. O que quero de você? O que você quer de mim? Para quê prolongar o tempo? Com joguinhos, Analogias, Alegorias... Vamos viver o agora rapidamente. Porque com a dispersão o tempo passa E assim vem o final. E quando caímos em nós estamos mortos.

AMOR

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Amor, este inquieto deveras sapeca, Não desiste, Não morre na praia. Amor, este agoniado que resiste até chegar ao enfim. Amor, nasce, cresce e vai buscar nele mesmo o desfecho final.

ANGUSTIA

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Mar, Montanhas. Um frio na pele. Um arrepio nas entranhas. Uma tristeza tamanha que não há como explicar. Que desfigura o meu rosto, constrange a minha alma. Mas, a angustia será diluída ao vento.

ALVO

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Não sei me enganar Não sei mentir Não alimento a minha esperança com ilusão. Não quero como outrora vê-la despedaçada pelo chão. Sei qual é a porção que me cabe. Sei qual é o meu alvo. E há vários caminhos até chegar a ele. Vales, montanhas, desertos. Mas, há um alvo. E é nele que minha esperança está fitada.

ME DEIXE

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Pessoas a me tocar... Um erro seu deliberou a partida Solidão neste momento é o que tenho nessa vida, Não sei como viver, Deixe-me viver! Ainda que eu esteja partida ao meio Com tua ida, Despedida... Deixe-me viver.

COMIDA EM CONSERVA

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Estou dentro do frasco, Da lata em conserva, E lá também neva.

WIND

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Wind that blows on my curls. Wind that blows on the worry of my soul to places that i have never gone. Wind that undresses me . Wind that refreshes me. And takes me to fly, Do became a bird that sing. Strong wind. [light] [Breeze]

DILUIR

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Tudo se dilui Tudo passa, Deteriora-se virando vento. Pessoas envelhecem Viram lembranças nas cabeças antigas. Mas as gerações se justapõem. E tudo que foi vivido transforma-se Em não existente. Em transparente Em inconsciente. Em não lembrar.

AO RIO DE JANEIRO

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BARULHOS NO CHÃO, EU ESTOU TENDO UMA VISÃO. QUE MUITOS LÁ NO SULDESTE ENTERRADOS VIVOS ESTÃO. CAIXÃO QUILOMÉTRICO. CASAS EM DETERIORIZAÇÃO, A TERRA ROLOU E UM SUSPIRO LÁ NO FUNDO SAIU. E ESCAVANDO COM SUAS PRÓPRIAS MÃOS ELES ESTÃO. FORMANDO TUMBAS AO SERENO. E O POBRE MAIS UMA VEZ É CULPADO [E CRIMINALIZADO ELES SÃO] E O ESTADO A SÉCULOS TEM INSENÇÃO.

ALMA DE GREGO

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Não tenho alma de grego Não sou internacional Sou geração internet Porém, não sou uma alienada global Amo meu país Sabe quem é o meu país? O gari que varre a rua O ambulante que enfrenta o sol e a lua, Heróis! Sou a favor da brincadeira de roda E também da moça que brinca de moda Sou eu o passado e o futuro Sou atitude humana Humilde Quem se escandalizar que atirem em mim Não estou nem aí para o que falam.

POESIA

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Poesia é fogo Fogo ilógico Fogo que não se vê Mas sente Fogo que cura Fogo que deixa doente Fogo que acalma Fogo que deixa sem trauma Poesia, escancara a alma.

PARA O HAITI

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Poderia ser qual quer lugar. Mas, a tragédia toda aconteceu lá [Haiti] Poderia ser seu parente, Seu amigo mais chegado, Seu pai, Seu irmão. Poderia ser seu país. Nós como humanidade devemos ter comunhão. Por que não quebrar as barreiras internacionais? [Fronteiras] A terra não deveria ter dono... Como gostaria de voltar ao Éden, Todos lá sim eram comum. A comida nascia do chão, Sem precisar de muito esforço De muita poluição. Lá ninguém tinha possessão. Lá realmente éramos livres E com deus tínhamos comunhão. Lá não havia morte [O homem era eterno] Não havia dor, Nem lágrima, Nem ambição. Tenho esperança que um dia meu Senhor volte, E me transcenda novamente ao Éden.