SÁBADO A NOITE






Ninguém quer saber da minha dor. Ninguém quer saber o que sinto.
Até parece que minto. 
Até parece que sou um cão leproso vadio,
Que tenho uma doença que contagia.
Ninguém quer saber o que sinto. Ninguém quer ser meu herói. Ninguém me salva dessa dor que corrói. 
Que me deixa em prantos. 
Que joga pelos cantos. 
Que me mutila. 
E me deixa aos pedaços. 
Ninguém quer saber. 
Não tem ninguém para me ninar nos braços. 
Me sinto um bebê. 
Me sinto um débil sábado a noite em frente a TV.

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