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Mostrando postagens de julho, 2009

VISÃO

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Eu te vejo ao longe  E te dou adeus.  Mas não quero ir.  Não quero virar as costas.  Não quero te esquecer.  Quero acordar contigo a cada amanhecer.  E ver teu lindo sorriso através do brilho do sol,  Através do canto dos pássaros.  Ver o seu poder através de uma leve neblina  Que nubla sem querer o dia.  Não quero ir.  Não quero sumir.  Não quero virar as costas,  Partir.  Quero me aproximar,  te dar um beijo  E contigo ser feliz.

SUCESSÃO

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A cada dia tenho que tomar uma dose dessa droga que me Incendeia por dentro. Não preciso de seringa, é só aspirar e o ar entrar em meus pulmões que ali está seu efeito. Droga chamado sentimento. Sentimento que nasceu eu um vão momento. Que tira minha concentração. Minha sobriedade. Que me enche de uma louca coragem. Que se transforma em precipitação. Em ansiedade. Em obstinação. Em sufocação. Em decepção. Em solidão. Porque com toda essa sequência é assim que A história acaba.

SEDUÇÃO

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Só foi sedução,  Olhares.  Profundos olhares que liam a minha alma  e traduziam o meu querer.  Por um momento foi paixão.  Atração,  Fatalidade,  Antropofagia.  Comer-te vivo.  Comer você.

CAÇADORA DE SOL

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Eu caçadora de ilusões corro para cima e para baixo atrás de sol.  Atrás de algo que me faça normal.  Que faça sentido.  Que brilhe os meus olhos.  Que me fale ao ouvido.  Eu em mim mesma concreto, abstrato,  incerto.  Pé no chão,  E poucas idealizações É o mais correto.

OLHAR

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O seu olhar me atrai Me desvenda Penetra-me a alma.  Tira as vendas dos olhos.  Me retraio.  Me excito.  Me distraio.  Em mim grito.  Suplanto a minha razão  e o infinito.

RECOMPENSA

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Sou sutil. A minha alma flui como um rio. Rio e sorrio das ironias. Das surpresas que a vida oferece. Como posso em um dia está triste. E em um outro está alegre? Tudo há uma recompensa. A recompensa do choro  é o sorriso. Da noite o dia. Do silencio a melodia. Do escuro a claridade. E do meu amor a saudade.

O CAVALHEIRO E O DRAGÃO

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Por um momento me senti como nas histórias medievais. Por um momento me senti como nas histórias do dragão e Do cavalheiro. Toda vez que você a beijava. Me golpeava. Toda vez que você a beijava. Me dilacerava. Sentia-me como se tivesse uma espada entrando no meu peito. Me dilacerando. Essa lâmina vinha e cortava todo meu alento. Todo meu sustento. Todo meu alimento. E como planta sem água comecei a secar por dentro.

SOPRO

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Chorar? Você é adulta! Ou você pensa que  ele ouvirá o seu choro? Que um sopro levará até ele? Que sentirá a tua falta E entenderá o quanto o ama? Apenas delírios,  devaneios,  loucura! Em uma noite ele ouvirá outra voz que não é a sua.

DESPEDIDA

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Existem coisas que  Não conseguimos entender  Nessa vida. O amor que deveria dar certo  E não deu. A bala perdida. A promessa que não  aconteceu. O vento que passou. A criança que adulteceu . O ente querido que morreu. O martírio que corroeu. Mas, tem a hora de parar Apenas,  Pois, se as coisas só fossem cientificas? Mas, existem os sentimentos que nos humaniza. Nos Escravizam Nos dominam. Mas, há questões que não queremos sentir Porém não temos escolha.

BANCO VELHO

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Me ajude a catar os pedaços.  Me ajude a desamarrar esse laço. Tire esse aperto do meu coração. Seja meu herói.  Meu libertador,  me sinto encarcerada em uma prisão.  Quero saber como é um dia ensolarado.  Quero ter a sensação de caminhar lado a lado.  Quero que o sol entre por esse quadrante.  Enquanto isso,  Estou aqui sentada em um banco velho em um canto qualquer.

SÁBADO A NOITE

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Ninguém quer saber da minha dor. Ninguém quer saber o que sinto. Até parece que minto.  Até parece que sou um cão  leproso  vadio, Que tenho uma doença que contagia. Ninguém quer saber o que sinto. Ninguém quer ser meu herói. Ninguém me salva dessa dor que corrói.  Que me deixa em prantos.  Que joga pelos cantos.  Que me mutila.  E me deixa aos pedaços.  Ninguém quer saber.  Não tem ninguém para me ninar nos braços.  Me sinto um bebê.  Me sinto um débil sábado a noite em frente a TV.

SONHO DE CINDERELA

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As lembranças são fantasmas que me visitam. Me fazer recordar de um passado que não vivi, nem conquistei. De um passado que em vão me esforcei. Me enganei. Por um vão momento achei... E tornei minhas fantasias reais. Mas são apenas ilusões. Mentiras. Novelas. Sonho de Cinderela. Sonho que virou drama. Tempestade. Um curta metragem que insiste em tempos E tempos me faze -lo assistir. Ele insiste e insiste em ressurgir. Mas não sou tola. Sou real. Sou realista. E nesta estrada da vida. Busco novos horizontes e tento resistir. Existem dias que estou fragilizada, mas não deixo a peteca cair.

TRILHA SONORA

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Eu pego meus pedaços por aí. Alguém me viu?  Aonde foi que eu caí?  Caí ali na esquina.  Caí ali no olhar da menina Caí, ao me apaixonar por você.  Caí no teu sorriso.  Caí no teu prestígio.  Caí no meu desejo.  Caí em desejar te dar um beijo.  Ali eu caí.  Quando te amei.  Quando simplesmente,  Viraste as costas.  Não entendi. Não entendi porque não me amou! Não entendi porque não voltou!  Não entendi porque não abriu a porta e entrou.  Não entendi porque não me beijou! Não entendi porque não me abraçou! Não entendi! Porque me desejou, Não entendi.  E agora percebo que estou longe.  E terei que me remodelar,  Terei que me recosturar .  Catar os meus pedaços no caminho. Sabendo que ainda que esteja sozinha.  Sempre haverá uma melodia. Sempre haverá uma trilha sonora que guiará minha vida,  E meu destino.

FIO DE ELETRICIDADE

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Eu ando na rua vazia, Não tem ninguém.  Procuro você, Procuro você,  como neblina que espera  pelo dia.  A luz do amanhecer.  Lá fora escuto apenas  os cachorros a latir.  As motos passeando  para lá  E para cá.  E algum bicho que não sei  o nome zunindo .  E eu aqui,  Nessa rua vazia procurando você.  Você que espero   Tocar-me. Tocar com seus lábios  No meu coração.  No meu corpo.  E ardentemente me tirar da escuridão.  E me mostrar um fio de luz.  Um fio de alegria, Um fio de escape, Um fio de ele-tri-ci-da-de, Que equilibre meu coração.  Hoje,  Apenas, sou sequidão.  Hoje,  Apenas,  Sou escuridão,  Amargura.  Sou fechada, Sou cara emburrada .  Mas,  Quero te encontrar, Para você me tocar lá no fundo, Por dentro.  E me levar às nuvens.  E compartilhar  um sorriso de cumplicidade ,  Um sorriso de desejo,  Um sorriso de amizade,  Um sorriso de amor.

PERSONAGEM

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Vou pintar minha cara.  Vou por uma máscara. Vou interpretar um  personagem.  Vou esconder-me  debaixo de uma  capa de coragem.  Vou sorrir.  Vou vestir uma  blindagem.  Para ao te encontrar  fingir que está tudo  bem.  Vá em frente!  Vá além!  E ao virar as costas  me desmancho.  E me transformo  uma simples flor  do campo.

MOVIMENTO INVOLUNTÁRIO

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Só consigo escrever o  que sinto.  Virou costume.  Virou necessidade  f isiológica.  Aqui expresso minhas  idéias,  Alegrias,  Emoções,  Carências,  Ardências,  Fantasias.  O que enxergo.  O que não enxergo.  O aparente.  O dito .  E o não dito.  Portanto, de tanto  escrever me sinto  dormente.  Este ato transformou-se  em movimento involuntário.

SORRISO

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Ontem chorei por você.  Chorei,  chorei até adormecer.  A lua saiu.  A madrugada bailou.  O sol apareceu.  E eu insatisfeita,  meu amor.  A água caiu.  O céu se derramou.  A chuva se foi e  a lama secou.  E eu estou aqui.  Onde está o meu amor?  Mas, ainda que doendo  não posso parar.  Ainda que me arrastando  tenho que continuar.  Quem sabe assim  quando a sorte chegar.  E eu esteja inteira  para nos olhos dela olhar.  E em um largo sorriso poder te encontrar.

BUSCA

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Não sei o que fazer. Está tudo tão confuso.  Sem você.  Tudo parece tão obscuro.  Meus anseios que  nunca se saciam.  Corro para cima.  Para baixo.  Percebo que corro  em círculos.  Como cão que brinca  com o rabo.  Sem você...  Esqueci quem é você.  O seu sorriso.  Na verdade, fui displicente.  Te perdi.  E não sei mais  onde te encontrar.

TEMPESTADE

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A tempestade expressa  o burburinho que há em mim. A tempestade expressa  a ansiedade. A tempestade,  com seu cinza nublo Expressa a minha face. A tempestade,  expressa o mundo  e suas violências. O ser humano não  originou do macaco, Mas, da tempestade  e dos vendavais. Pois, os macacos  não se matam mutuamente. Mas, a tempestade  e o vendaval  esses são imparciais. Inconseqüentes, Desumanos, E egoístas. Não medem  esforços para destruir. Vai tempestade Para bem longe  de mim!

DESERTO

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Hoje sou deserto.  Lugar inabitado.  Hoje sou deserto.  E tu encontrarás  em mim pequenos  Oásis,  plantações de  sentimento.  Que se guardam  em habitações  cobertas de  espinhos.  Hoje sou deserto.  Durante o dia sou  fornalha.  Imponente!  E durante a noite  s ou frio congelante!  Só hoje sou deserto.

LÁGRIMA

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Meu sol escureceu.  Meu verão então choveu.  Meu céu azul  acinzentou.  O meu desejo  então acabou.  O meu sorriso  então chorou.  O meu castelo  desmoronou.  O meu olhar  embaçou.  Então uma lágrima  caiu, E tudo acabou.

LIBERDADE

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Quero sair daqui.  Quero viver  em meu jardim.  Quero sair daqui .  Entrar em mim,  Colher flores,  Ser feliz.  Quero sair daqui, Plantar minhas  sementes, Beber em um rio  de água corrente.  Quero sair daqui,  Deste corpo  Que me aprisiona, Que me limita, Que me escraviza, Que me submete.  Quero sair daqui  Bater asas, Voar,  Ser livre.

VÍCIO

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Solidão é droga.  Solidão é curtição.  Solidão é fissura.  Solidão é paranóia.  Solidão!  Convive-se com ela.  But wait a minute!  Algo não está certo...

ÁGUAS

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O mar levou  meu o amor.  O mar lavou  o rancor.  O mar levou  a expectativa.  O mar lavou  a espera.  O mar limpou  todo destroço.  Hoje vislumbro  outro continente.  E tudo que sou  É apenas bonança.

MEU ADEUS

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Foi realmente amor.  Foi amor não  correspondido.  Foi amor que feriu.  Ferida mal c icatrizada.  Foi amor , Foi decepção.  Foi bobeira.  Foi expectativa.  E, se fui eu...

HIPÓTESE

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Eu poderia estar com você.  Eu poderia te amar.  Eu poderia me doar por inteiro.  Eu poderia ter mais de você.  Mas, só poderia.  Hipótese, dedução.  Agora eu em mim.  E sem você.  Só solidão.

CÃIMBRA

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A solidão me deixa  anestesiada. Pessoa que vive  dia após dia. Trabalha,  come,  aprende,  dorme. Acorda,  obtém,  ensina. Mas, por dentro  consome-se  em cãibra. E o tempo passa. As horas vem questionar. Interpele...  Como será? O tempo,  Meu momento. Mas, apenas  tudo é silêncio  E lugar vazio.

DEVAGAR

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Sem pressa  eu vou. Sem pressa,  Construo m emórias,  Futuro. Aprendo! A vida é ambígua, senhores! Dar-nos possibilidades contraditórias. Ao mesmo tempo  Em que é dinâmica. Em alguns momentos Ensina-nos q ue precisamos  ter paciência, E andar devagar. Ela é assim... Cheia de processos, Ela vai no tic-tac  do relógio.   No ritmo da  plantinha  que precisa ser regada  quando  é semente. É necessário esperar,  O tempo da germinação [Crescimento] E ainda o trabalho arduo diário Para sobrevivência dela. Nós é que corremos demais. E esquecemos de valorizar  O mais importante,  A vida, essa efêmera . A família, Amigos, A sinceridade, A franqueza, A comida feita com carinho, à rebeldia de um filho  Que assim nos pede para amá-lo mais  [Exercício de paciência] um olhar de carinho  para a nossa sociedade  tão violenta. Não podemos correr tanto, Se não assinaremos a nossa sentença de morte.

BRASIL PROFETA

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País continente, Ambíguo e diverso.  Te vejo a cara do mundo.  Várias línguas Te constituem, Vários dialetos.  Encontrado pelos povos originários. Se miscigena no estupro indígena, Brasil profeta com seus jesuítas... Usurpado pelos portugueses. Profetizaste o futuro, Profetizaste a globalização. Profetizaste o mundo.  Quem te resistiria gigante?  Tens poder de atrair imigrantes. E, até aqui a realeza preta fora escravizada. O que esconde em teu  seios? És mãe gentil? Pátria amada Brasil.  É como uma tragicomédia, A maior riqueza  Que tens Não são suas águas,  Nem sua beleza dialética, E sim seu povo que com vários braços e pernas É sustentáculo da nação. Com todas as misturas Constituis um povo único E desigual, Quero viver para ver-te maior.  Que haja justiça em terra Brasilis

GAME OVER

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Se esgotou o tempo.  Tudo foi por esgoto  abaixo.  Game over for you.  Good bye my lover.  Outra fase começou.  Outro degrau para subir.  Outra estrada para seguir.  O meu pé pesa no  acelerador...  Da vida.  Das expectativas.  Dos sonhos.  Não olharei para trás.  Quem quiser que me  acompanhe.  Pois corro demais.  Tenho em mim Uma prova de triathlon .  E o passado?  O considero, E deixo passar.  Para que venha  O presente,  E o futuro.  Para quando soprar  o vento  inspirador estrear  Uma nova história.

INDIFERENÇA

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Algo mudou.  Aquela musica  Não mais tocou.  O coração  Não acelerou.  A esperança  Desesperançou.  O encanto  Desencantou.  Algo mudou.  A flor  Não desabrochou.  O pássaro  Não cantou.  Os olhos  Não brilharam.  A auto comiseração  Não impregnou.  Algo mudou.  Alguém amadureceu.  O sentimento  Não mais doeu.  E a saudade  Foi apenas o que restou.  Pois, aconteceu.  Não posso dizer  Que não era amor.

QUATRO PAREDES

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Olho para você  E enxergo apenas uma imagem  Fora de foco.  Tão distante.  Um dia fomos tão íntimos,  E hoje mal te conheço.  Sabíamos o que passava  No coração um do outro.  Como vidência,  Como previsão.  E hoje...  Só parede,  Só quatro paredes, Só solidão,  Só distância.  Estamos tão perto  e evidentes.  Uma cama nos une em matéria.  Mas, você de costas se redoma enclausurado em seu mundo.

PERIFERIA

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As luzes sorriem para mim,   Quando as vejo fico a refletir .  Elas cintilam na escuridão  da noite.  Como se fossem furos  no céu.  Do meu primeiro  andar as vejo.  Mas, aquelas luzes  apenas indicam casas.  Das favelas.  Casas as avessas  Sem emboços .  O que se passa  Naquelas casas?  Naquelas famílias? Naqueles becos? Naquelas bocas de fumo?  Nos aviõezinhos que as crianças fazem?  Quem ali trabalha  E passa fome?  Quem ali tenta quebrar  Com as barreiras sociais  Para ter dignidade  Em sua sobrevivência ?  Quem é a criança leitor que você inferiu em sua interpretação?  Qual a cor? E que sentido estes últimos questionamentos nesta linha  fazem?  Apenas, são luzes de postes, Nas fachadas dos barracos.

EROSÃO

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. Ninguém morre  de amor.  Morrem de tristeza.  Morrem de solidão.  Morrem de fome.  M as, o amor  traz a alegria.  O palpitar do coração.  O sorrir sozinho,  Mas, quem é solitário  está sujeito  A erosão do tempo.

RITMO

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Em momento  de espera reflito.  Em momento  de desejo,  Te quero.  Em momento  de solidão  me desespero.  Mas, o tempo passa.  As horas voam...  E tudo toma  o seu ritmo normal.

DEDICATÓRIA AO CABELO AFRO

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Querido cabelo,  Peço desculpas por  Ter te alisado. Será que você  Pode me perdoar? Em nome dos meus  antepassados. É porque, cabelo Você sabe que  Sou negra da Bahia! Mas, aqui como no Brasil,  Existe um racismo maquiado. Então, quando  fui trabalhar  Logo percebi qual era o padrão  ali. que é mesmo  padrão da nossa  sociedade de  brancos. E você sabe que existe  um perfil padrao a ser  alcançado  Característica Liso, alisado O padrao  diz que  você é  "ruim" ao  natural. Mas, agora que  Saí do cafezal da química. Como não estou  mais lá e logo  serei professora, acho que você não  terá que passar  pelo sofrimento  de ser queimado, ardido e puxado. Do contrário, quero que você Se transforme em  várias tranças lindas. Porque branco  é branco e eles  tem a sua beleza como o negro  também tem a sua. Bom, o que quero  mesmo é liberdade  de todo ser humano fazer o que quiser  de sua vida e estética sem  ser retalhado  ou manipulado  pela sociedade. Reconheço que  às vezes ness

EU NEGRA

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Minha trança nagô.  Meus olhos finos.  Meu nariz largo.  Meus lábios grossos  e carnudos.  Minha estatura pequena.  Frágil-forte com a qual  quero tocar o universo.

ESCONDE-ESCONDE

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Minha poesia  me domina. Me engole. Me arrebata. Tem vida própria. Revela-se. Esconde-se. Perde-se... No meio da casa. Nos papéis. Brinca de esconde-esconde... Nas caixas, Depois vem a luz  e me surpreende. E me pergunto.. - se foi eu que escrevi? Tais palavras profundas  maiores que eu.

APENAS

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As paixão nos domina.  Apaixonar-se é uma sina.  A paixão nos hipnotiza.  Nos deixa em estado  de êxtase.  E quando nos damos  conta.  Os nossos reflexos  não nos obedecem mais.  É como imã que nos atraí  levado-nos a pessoa  desejada.  Quando nos damos  conta as nossas  pernas nos leva  ao caminho do objeto  da paixão.  As nossas mãos se  rederam em acariciar.  Como se elas fossem  predestinadas para  tal missão.  Os lábios tremem  ansiosos por serem  molhados.  Tocados.  E os olhos em sorrisos  brilham.  Ah! Isso é a paixão...  Tecnicamente são  apenas hormônios  que nos atraem ao parceiro,  Ou parceira afim de procriação.  Mas, não quero saber  d e definições cientificas.  Só sei que romantismo  e paixão demonstram que somos humanos.  E que estamos vivos.

SOU

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Sou um passarinho  que é avistado ao longe.  Sou a esperança  que  está em seu limite,  contudo não acabou.  Sou a espera...  A Cinderela.  Sou a madrugada.  Sou o silêncio.  Sou a meditação.  Sou a emoção.  Sou o dia nublado.  Sou o querer  você do meu lado.  Sou o amor apaixonado.  Sou o desespero  e a quietude.  Sou a passividade  e a atitude.  Sou o inicio...  E gosto de um final. 

PASSARINHO

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O passarinho que  canta em minha janela, Que esperança traz? Como o invejo. Nenhuma preocupação  tu tens. Nenhum esforço faz Vai passarinho. Com seu canto alegre  o mundo. Mostre que não há barreiras  nem limites.